terça-feira, outubro 31, 2006

PEDIGREE LIGHT


Diz o texto: "Talvez seja a hora de mudar para a ração de cachorro light da Pedigree"
Furtado do Sedentário.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Criação de burros pra mais quatro anos...

Se você é ou pretende ser jornalista no Paraná, prepare-se

afinal de contas, teremos muitas faixas para enfiarmos no rrrrrrrrabo daqui até 2010.

Não entendeu a piada? Olha, assim como o Coringa, eu odeio isso, mas, ela tá explicada aqui.

terça-feira, outubro 24, 2006

É nosso!

Vida ingrata essa...
Uma das necessidades e características do ser humano é a convivência com seus semelhantes. Nem a pessoa mais isolada do mundo deixa de sentir vontade de ter alguém ao seu lado, seja uma amizade ou um relacionamento amoroso. Todos nós temos afinidades e diferenças com os grupos sociais aos quais fazemos parte e o convívio é importante para o nosso crescimento como pessoas. Entretanto, muitas vezes, certos fatores dificultam a convivência social.
Atualmente, o visual é muito importante no relacionamento social e muitas pessoas, mesmo com bom estado físico e de saúde, acham que sua aparência não está de acordo com o considerado padrão e que isso pode atrapalhar até mesmo na hora de conseguir um emprego, por exemplo. Considerado um luxo feminino há certo tempo, a influência da imagem na convivência entre os semelhantes também já atingiu os homens. Seja através do esporte, de dietas ou mesmo de procedimentos estéticos, todos tentam manter o corpo são e bonito para conquistar uma mente sã.
Mais que uma questão estética, a preocupação com a aparência física é um fator determinante naquilo que a pessoa considera capaz de conquistar em sua vida, ou seja, seus prazeres e satisfações. Para resolver estes problemas, existem muitos procedimentos estéticos que não mudam somente a aparência, mas a essência de cada pessoa. O convívio social torna-se mais prazeroso e aberto, com relacionamentos saudáveis e estáveis, sem a angústia da insegurança.
Essa finalidade de proporcionar saúde mental condiz com a realidade da Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão majoritário da luta pela saúde mundial e deve condizer com a realidade dos profissionais da área de saúde, uma vez responsáveis não somente pela integridade física, mas também intelectual de seus pacientes.
A sociedade necessita que mais profissionais, não somente na área de saúde, pensem e sintam essa responsabilidade de tratar os indivíduos como pessoas conscientes e capazes de estagnação pelo fato da não aceitação diante de problemas de relacionamento amoroso, de trabalho, familiar e outros que influenciam sua maneira de agir e pensar.
A filosofia é caminhar de mãos dadas com o paciente, para que ele possa sentir-se bem e desfrutar de tudo que o convívio social pode lhe proporcionar.

quarta-feira, outubro 18, 2006

The return

Depois de terem lançado este teaser


Tem mais escrotisse no novo trailler de Jackass: number two!

Mudanças...

Cuidar de 5 projetos, totalmente diferentes, ao mesmo tempo, não é fácil. E olha que eu tranquei a faculdade...

segunda-feira, outubro 16, 2006

Los Hermanos!!!!

Porra, esses carinhas mandam bem pra cacete !!! Uma trupe de chicos argentinos tocando o melhor do rock pesado! DE Black Sabbath à Sepultura, passando por Iron Maiden.Saudades do tempo que o pessoal dava mais valor pro Metal .
black sabbath - paranoid - by emilio y su comparsas

sepultura - refuse resist - by emilio y sus comparsas

iron maiden - hallowed be thy name - by emilio y sus comparsas

terça-feira, outubro 10, 2006

Um história americana

Até agora, nenhum país chamado "dominante" conseguiu tal feito através da paz. E, o Insanus aqui, acha que jamais isso acontecerá.

domingo, outubro 08, 2006

Photoshopeando 2

O que fazer pra dar uma relaxada quando são 04h50 de domingo, e você passou a madrugada toda fazendo tcc? Cigarro? Não fumo. Sexo? Tô sozinho. Comida? Tô gordo. Então, o melhor é fuçar no photoshop, ou "loja de fotos", como dizem por aí. O resultado deu nisso:

Se eu fizer mais alguma coisa, faço um update aqui.

sexta-feira, outubro 06, 2006

The Godfather

Aí pessoal, desculpa por não postar nada, mas as coisas estão um pouco corridas e acumuladas. Então, só pra relaxar, vou pôr o vídeo do filme mais massa de todos os tempos. Eu recomendo a leitura do livro "O chefão", de Mário Puzo, antes de ver o filme. Mais do que violência, o filme mostra o que é ser leal, além da importância que a palavra tem na vida. Virtudes em falta hoje em dia.

"leave the gun, take the canolli"

Update: o trailer original, de 1972.

terça-feira, outubro 03, 2006

"Se alguém devia ter caído deveria ter sido nós"

Reproduzo aqui o texto de Joe Sharkey que foi divulgado hoje no New York Times. Joe é jornalista do NYT e estava no Legacy 600, que provavemente chocou-se com o Boeing 737 da Gol, na última sexta-feira. Fiquei muito triste e assustado com o que ocorreu, afinal de contas trata-se do maior acidente aéreo que já ocorreu no Brasil. Fosse em outro país, essas 155 almas teriam um respeito maior da sua nação. Triste isso. Se você morre com uma grana pro UOL, pode ler aqui também.
Bem acima da Amazônia, uma batida e um céu vazio
Joe Sharkey
em São José dos Campos, Brasil
Era um vôo confortável, rotineiro.
Com o quebra-sol da janela fechado, eu estava descansando em meu assento de couro a bordo de um jato executivo de US$ 25 milhões, voando a mais de 11 mil metros acima da vasta floresta tropical Amazônica. Cada um dos sete a bordo do jato para 13 passageiros estava na sua.
Sem aviso, eu senti um solavanco e ouvi uma forte batida, seguida por um silêncio assustador, exceto pelo zunido dos motores.
E então vieram as três palavras que nunca esquecerei. "Fomos atingidos", disse Henry Yandle, um outro passageiro que estava em pé no corredor perto da cabine do jato Legacy 600 da Embraer.
"Atingidos? Pelo quê?" me perguntei. Eu levantei o quebra-sol. O céu estava claro; o sol baixo no céu. A floresta tropical parecia não acabar mais. Mas lá, na extremidade da asa, se encontrava uma aresta dentada, talvez de 30 centímetros de altura, onde uma winglet (ponta da asa) de 1,5 metro devia estar.
E assim começaram os mais angustiantes 30 minutos da minha vida. Me diriam várias vezes nos dias seguintes que ninguém jamais sobreviveu a uma colisão no ar. Eu tinha sorte de estar vivo - e apenas posteriormente é que tomaria conhecimento de que 155 pessoas, a bordo do Boeing 737 em um vôo doméstico que aparentemente se chocou conosco, não estavam.
Os investigadores ainda estão tentando descobrir o que aconteceu, e como - por algum milagre - nosso jato menor conseguiu se manter no ar enquanto o 737 que era mais longo, mais largo e três vezes mais pesado caiu do céu verticalmente.
Mas às 15h59 da tarde da última sexta-feira, tudo o que pude ver, tudo o que sabia, era que parte da asa tinha sido perdida. E estava claro que a situação piorava rapidamente. A borda da asa estava perdendo rebites e começando a se desfazer.
Surpreendentemente, ninguém entrou em pânico. Os pilotos calmamente começaram a estudar seus controles e mapas em busca de sinais de um aeroporto próximo ou, pela janela, um lugar para pousar.
Mas à medida que os minutos passavam, o avião continuava a perder velocidade. Àquela altura todos nós sabíamos que a situação era grave. Eu me perguntava quão dolorida seria uma aterissagem - um termo otimista para queda.
Eu pensei na minha família. Não havia sentido em tentar telefonar com meu celular - não havia sinal. E à medida que nossas esperanças diminuíam, alguns de nós escreveram bilhetes para esposas e entes queridos e os colocaram nas carteiras, na esperança de serem encontrados posteriormente.
Eu estava concentrado em notas diferentes quando o vôo teve início. Eu escrevo semanalmente a coluna "On the Road" para a seção de viagem de negócios do "New York Times", publicada às terças-feiras, há sete anos. Mas eu estava no Embraer 600 para um artigo freelance para a revista "Business Jet Travel".
Os demais passageiros incluíam executivos da Embraer e de uma empresa de vôos charter chamada ExcelAire, a nova dona do jato. David Rimmer, o vice-presidente sênior da ExcelAire, me convidou para pegar uma carona para casa no jato que sua empresa tinha acabado de adquirir na sede da Embraer aqui.
E a viagem até então tinha sido boa. Minutos antes da colisão, eu fui até a cabine para conversar com os pilotos, que disseram que o avião estava voando perfeitamente. Eu li o mostrador que apontava nossa altitude: 37 mil pés (11.277 metros).
Então o choque, que também arrancou parte da cauda de nosso avião.
Imediatamente após, não houve muita conversa.
Rimmer, um homem grande, estava debruçado no corredor à minha frente olhando pela janela para a asa danificada.
"Quão ruim ela está?" eu perguntei.
Ele se voltou para mim com olhar firme e disse: "Eu não sei".
Eu vi a linguagem corporal dos dois pilotos. Eles pareciam soldados de infantaria trabalhando em uma situação difícil, como foram treinados a fazer.
Nos 25 minutos seguintes, os pilotos, Joe Lepore e Jan Paladino, analisaram seus instrumentos à procura de um aeroporto. Nada aparecia.
Eles enviaram um pedido de socorro, que foi recebido por uma avião de carga em alguma parte da região. Não houve contato com nenhum outro avião e certamente não com um 737 no mesmo espaço aéreo.
Lepore então avistou uma pista em meio à mata escura.
"Eu consigo ver um aeroporto", ele disse.
Eles tentaram contatar a torre de controle, que era de uma base militar escondida Amazônia adentro. Ele fizeram uma curva acentuada para reduzir a pressão na asa.
Enquanto se aproximavam da pista, eles receberam o primeiro contato do controle de tráfego aéreo.
"Nós não sabíamos qual era a extensão da pista ou se tinha algo nela", disse Paladino posteriormente, naquela noite na base do Cachimbo na floresta.
A descida foi brusca e rápida. Eu assisti os pilotos lutarem com a aeronave porque muitos dos controles automáticos tinham se perdido. Eles conseguiram parar o avião restando ainda um bocado de pista. Nós cambaleamos para a saída.
"Bela pilotagem", eu disse aos pilotos ao passar por eles. Na verdade, eu inseri uma palavra impublicável entre "bela" e "pilotagem".
"Ao seu dispor", disse Paladino com um sorriso nervoso.
Posteriormente naquela noite, eles nos serviram cerveja gelada e comida na base militar. Nós especulamos interminavelmente sobre o que causou o impacto. Um balão meteorológico desgarrado? Um caça militar cujo piloto ejetou? Um avião nas proximidades que explodiu, lançado destroços contra nós?
Seja qual fosse a causa, ficou claro que estivemos envolvidos em uma colisão no ar da qual nenhum de nós devia ter sobrevivido.
Em um momento de humor negro no quartel onde dormiríamos, eu disse: "Talvez a gente esteja realmente morto e isto seja o inferno -revivendo papos furados de faculdade com uma lata de cerveja pela eternidade".
Por volta das 19h30, Dan Bachmann, um executivo da Embraer e o único entre nós que falava português, veio à mesa na sala com notícias do escritório do comandante. Um Boeing 737 com 155 pessoas a bordo tinha desaparecido no local onde fomos atingidos.
Antes daquele momento, nós todos estávamos brincando e rindo do apuro do qual escapamos. Nós éramos os 7 da Amazônia, vivendo agora um tempo precioso que não mais nos pertencia, mas que de alguma forma tínhamos adquirido. Nós nos encontraríamos anualmente para narrar que uso fizemos deste tempo.
Em vez disso, naquele momento nós baixamos nossas cabeças em um longo momento de silêncio, com o som de lágrimas abafadas.
Ambos os pilotos, com extensa experiência em jatos executivos, ficaram abalados com a situação. "Se alguém devia ter caído deveria ter sido nós", ficava repetindo Lepore, 42 anos, de Bay Shore, Nova York.
Paladino, 34 anos, de Westhampton, Nova York, mal conseguia falar. "Eu estou tentando digerir a perda de todas aquelas pessoas. Está realmente começando a doer", ele disse.
Yandle lhe disse: "Vocês são heróis. Vocês salvaram nossas vidas". Eles sorriram de forma abatida. Estava claro que o peso de tudo aquilo permaneceria com eles para sempre.
No dia seguinte, a base estava repleta de autoridades brasileiras investigando o acidente e dirigindo as operações de busca pelo 737, que um oficial me disse que se encontrava em uma área a menos de 160 quilômetros ao sul de onde estávamos, mas cujo acesso só era possível abrindo densa mata à mão.
Nós também tivemos acesso ao nosso avião, que estava sendo estudado minuciosamente pelos inspetores. Ralph Michielli, vice-presidente de manutenção da ExcelAire e um passageiro do vôo, me levou em um elevador para ver o dano na asa perto da winglet partida.
Um painel perto da borda da asa estava separado em mais de 30 centímetros. Manchas escuras perto da fuselagem mostravam que combustível tinha vazado. Partes do estabilizador horizontal na cauda foram esmagadas, um pedaço pequeno estava faltando no elevador esquerdo.
Um inspetor militar brasileiro ao lado me surpreendeu com sua disposição de conversar, apesar das limitações da conversa devido ao seu fraco inglês e meu português inexistente.
Ele especulava sobre o que tinha acontecido, mas foi isto o que ele disse: ambos os aviões estavam, inexplicavelmente, na mesma altitude e no mesmo espaço no céu. Os pilotos do 737 a caminho do sudeste avistaram nosso Legacy 600, que estava voando para noroeste rumo a Manaus, e fizeram uma manobra evasiva frenética. A asa do 737 -se precipitando no espaço entre nossa asa e a cauda alta, nos atingiu duas vezes, e o avião maior mergulhou em sua espiral fatal.
Soava como uma situação impossível, reconheceu o inspetor. "Mas eu acho que foi isto o que aconteceu", ele disse. Apesar de ninguém ainda ter dito ao certo como o acidente ocorreu, três outros oficiais brasileiros me disseram que foram informados que ambos os aviões estavam na mesma altitude.
Por que eu - o passageiro mais próximo do impacto - não ouvi nenhum som, nenhum barulho de um grande 737?
Eu perguntei a Jeirgen Prust, o piloto de teste da Embraer. Isto ocorreu no dia seguinte, quando fomos transferidos da base em uma aeronave militar para a sede da polícia em Cuiabá. Foi lá que as autoridades estabeleceram a jurisdição e onde pilotos e passageiros do Legacy 600, incluindo eu, seríamos interrogados até o amanhecer por um intenso comandante da polícia e seus tradutores.
Prust pegou uma calculadora e digitou, imaginando o tempo disponível para ouvir o barulho de um jato vindo na direção de outro jato, cada um voando a mais de 800 km/h em direções opostas. Ele me mostrou os números. "É bem menos do que uma fração de segundo", ele disse. Ambos olhamos para os pilotos desabados nos sofás do outro lado da sala.
"Eles e aquele avião salvaram nossas vidas", eu disse.
"Segundo meus cálculos", ele concordou.
Eu posteriormente pensei que talvez o piloto do avião comercial brasileiro tenha salvo nossas vidas, devido ao seu reflexo rápido. Pena que seus próprios passageiros não poderiam dizer o mesmo.
Na sede da polícia, nós fomos obrigados a escrever em uma folha de papel nossos nomes, endereços, datas de nascimento, ocupações e escolaridade, além do nome de nossos pais.
Também fomos obrigados a passar por um exame com um médico de cabelo comprido, que vestia uma avental que chegava quase à sua canela. Nós fomos obrigados a nos despir até a cintura para fotografias de frente e costas.
Isto, explicou o médico, cujo nome eu não entendi mas que se descreveu como um "médico perito", era para provar que não tínhamos sido torturados.
O humor negro voltou apesar de nossas tentativas de contê-lo.
"Este sujeito é um legista", me explicou Yandle posteriormente, "eu acho que isto significa que nós estamos realmente mortos".
Mas os risos agora desapareceram, ao nos lembrarmos constantemente dos corpos ainda não recuperados na selva, e como suas vidas e as nossas se cruzaram, literal e metaforicamente, por uma terrível fração de segundo.
Tradução: George El Khouri Andolfato.